Lição 4 - A Iluminação Espiritual do Crente (2 Tri. 2020)
(Foto: Maique Borges) — Foto: Cooperadores do Evangelho


Texto Áureo
“Para que o Deus de nosso Senhor Jesus Cristo, o Pai da glória, vos dê em seu conhecimento o espírito de sabedoria e de revelação.” (Ef 1.17)

VERDADE PRÁTICA
A vocação do crente inclui a herança de preciosas riquezas conferidas aos eleitos pela grandeza do poder de Deus.

Veja Também:

LEITURA DIÁRIA
Segunda - 1 Co 2.14,15
As coisas espirituais são discernidas espiritualmente
Terça - 1 Co 13.12
O crente tem a promessa de conhecer a Deus face a face
Quarta - 2 Pe 1.4
O poder divino é capaz de transformar o homem
Quinta - 1 Co 15.56,57
O triunfo sobre a morte está assegurado aos salvos
Sexta - 1 Ts 4.14
A ressurreição de Jesus é a garantia da nossa ressurreição
Sábado - Mt 16.18
Nenhuma potestade do ar pode prevalecer contra a Igreja

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
Efésios 1.15-23

15 - Pelo que, ouvindo eu também a fé que entre vós há no Senhor Jesus e o vosso amor para com todos os santos,
16 - não cesso de dar graças a Deus por vós, lembrando-me de vós nas minhas orações,
17 - para que o Deus de nosso Senhor Jesus Cristo, o Pai da glória, vos dê em seu conhecimento o espírito de sabedoria e de revelação,
18 - tendo iluminados os olhos do vosso entendimento, para que saibais qual seja a esperança da sua vocação e quais as riquezas da glória da sua herança nos santos
19 - e qual a sobre-excelente grandeza do seu poder sobre nós, os que cremos, segundo a operação da força do seu poder,
20 - que manifestou em Cristo, ressuscitando-o dos mortos e pondo-o à sua direita nos céus,
21 - acima de todo principado, e poder, e potestade, e domínio, e de todo nome que se nomeia, não só neste século, mas também no vindouro.
22 - E sujeitou todas as coisas a seus pés e, sobre todas as coisas, o constituiu como cabeça da igreja,
23 - que é o seu corpo, a plenitude daquele que cumpre tudo em todos.

HINOS SUGERIDOS: 300, 311, 491 da Harpa Cristã





OBJETIVO GERAL
Esclarecer a dimensão de nossa chamada, as riquezas da herança divina e a grandeza do poder de Deus.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS
Abaixo, os objetivos específicos referem-se ao que o professor deve atingir em cada tópico. Por exemplo, o objetivo I refere-se ao tópico I com os seus respectivos subtópicos.

I - Destacar a vocação e as riquezas da glória inclusas na herança divina;
II - Salientar a grandiosidade do poder divino que opera em favor dos crentes;
III- Expressar o exemplo de exaltação em Cristo.

INTERAGINDO COM O PROFESSOR
O plano de salvação divina revela uma santa vocação, as riquezas da herança divina e a grandeza do poder de Deus. Uma vez salvos, somos vocacionados para a santidade, o serviço e a participação gloriosa no porvir. Uma vez salvos, desfrutamos das riquezas da glória divina experimentando o perdão dos pecados, a adoção de filhos e as bênçãos a ser desfrutadas no porvir. Uma vez salvos, seremos glorificados a exemplo de Cristo Jesus. Nesta lição, estudaremos as bênçãos espirituais e a profunda esperança que cada crente deve guardar em Cristo.

INTRODUÇÃO

Ainda no primeiro capítulo, o apóstolo Paulo inicia uma longa sentença assim dividida: ação de graças (1.15,16), oração intercessora (1.17-19) e confissão de louvor e exaltação (1.20-23). Nessa sentença somos exortados a louvar ao Senhor pela nossa eleição, buscar a iluminação do Espírito para compreender a dimensão de nossa chamada e herança divina, bem como entender a grandeza do poder de nosso Deus.

PONTO CENTRAL
A herança de preciosas riquezas espirituais conferidas aos eleitos faz parte da vocação do crente.

ESBOÇO

I – A ESPERANÇA DA VOCAÇÃO E AS RIQUEZAS DA GLÓRIA
O apóstolo ensina que os salvos precisam ser iluminados para compreenderem quais são a esperança da vocação e as riquezas da glória da sua herança.

1. Ação de graças e intercessão.
2. A esperança da vocação.
3. As riquezas da glória da sua herança.


SÍNTESE DO TÓPICO I
Os santos devem louvar a Deus pela eleição e ser iluminados para conhecer a esperança do chamado e as riquezas que fazem parte de nossa herança.

SUBSÍDIO DIDÁTICO-PEDAGÓGICO
É importante introduzir esta aula lendo com a classe os versículos 15-17. Esses versículos retratam a ação de graças e a intercessão apostólica. Para introduzir este tópico, além do texto do comentário, leve em conta o seguinte fragmento de texto: “Será muito importante observar o relacionamento entre 1.3-14 e 1.15-23. O primeiro representa um profundo hino de louvor pelas bênçãos redentoras de Deus em Cristo; o último é uma oração de intercessão para que os olhos espirituais dos Sim, no dia aprazado, os fiéis estarão reunidos nas bodas do Cordeiro. Então, os salvos tomarão posse da herança [...]. Os crentes se abram para, através da experiência, alcançarem a compreensão da plenitude dessas bênçãos. Dessa forma, Paulo faz junção do louvor com a oração, da adoração com a intercessão, como dois componentes necessários ao verdadeiro conhecimento de Deus” (ARRINGTON, French L.; STRONSTAD, Roger (Eds.). Comentário Bíblico Pentecostal Novo Testamento. Vol.2. Rio de Janeiro: CPAD, 2017, p.403).

II – A SOBRE-EXCELENTE GRANDEZA E FORÇA DO PODER DIVINO
O poder divino é imensurável e nada pode detê-lo. Em sua Carta, Paulo se esmera no esforço de traduzir a grandiosidade e a eficácia desse poder que opera em favor dos crentes.

1. A sobre-excelente grandeza do seu poder.
2. A força do poder divino.


SÍNTESE DO TÓPICO II
O poder de Deus é extraordinário e supera todo e qualquer outro poder. Esse maravilhoso poder opera no interesse de salvar a humanidade caída.

SUBSÍDIO TEOLÓGICO

“A NATUREZA DE DEUS
O Deus onipotente não pode ser plenamente compreendido pelo ser humano, mas nem por isso deixou de se revelar de diversas maneiras e em várias ocasiões a fim de que o venhamos a conhecer. Deus não pode ser compreendido pela mera lógica humana, e nem sequer sua própria existência pode ser comprovada desta maneira. Com isso, queremos dizer que não de forma alguma diminuindo os seus atributos, fazendo uma declaração confessional das nossas limitações e da infinitude divina. Nosso modo de entender a Deus pode ser classificado em duas pressuposições primárias:

(1) Deus existe; e (2) Ele se revelou a nós de modo adequado através da sua revelação inspirada.
[...] Além disso, Deus está sustentando ativamente o mundo que criou. Na conservação, Ele sustenta a criação através de leis estabelecidas (At 17.25). Na providência, Ele controla todas as coisas existentes no Universo, com o propósito de levar a efeito seu plano sábio e amoroso, de forma que não venha a interferir na liberdade das suas criaturas (Gn 20.6; 50.20; Jó 1.12; Rm 1.24)” (HORTON, Stanley (Ed.). Teologia Sistemática: Uma Perspectiva Pentecostal. Rio de Janeiro: CPAD, 2018, pp.151,53).

III – CRISTO: NOSSO EXEMPLO DE EXALTAÇÃO
Nesse ponto veremos três aspectos da exaltação de Cristo que atestam a grandiosidade do Poder de Deus disponível também aos crentes.

1. Cristo: As primícias dos que dormem.
2. Cristo elevado à direita de Deus.
3. Cristo exaltado sobremaneira.


SÍNTESE DO TÓPICO III
Tanto a ressurreição como o assentar-se nos céus está disponível aos crentes, e de semelhante modo à glorificação por meio do grande poder de Deus.

SUBSÍDIO TEOLÓGICO
“A ênfase no Novo Testamento recai mais na ressurreição do corpo do que naquilo que acontece imediatamente depois da morte. A morte continua sendo uma inimiga, mas já não é para ser temida (1 Co 15.55-57; Hb 2.15). Para o crente, o viver é Cristo e o morrer é lucro; isto significa que morrer é receber mais de Cristo (Fp 1.21). Logo, morrer e estar com Cristo é muito melhor que permanecer no corpo presente, embora devamos ficar aqui enquanto Deus considera que isso seja necessário (Fp 1.23,24). Depois disso, a morte nos trará o repouso ou cessação das nossas labutas e sofrimentos terrestres, e a entrada na glória (2 Co 4.17; 2 Pe 1.10,11; Ap 14.13)” (HORTON, Stanley (Ed.). Teologia Sistemática: Uma Perspectiva Pentecostal. Rio de Janeiro: CPAD, 2018, p.621).

CONCLUSÃO
Embevecido com as bênçãos espirituais, Paulo mantém adoração contínua ao Eterno Deus, atitude que deve ser seguida por todos os salvos. A compreensão das dádivas da salvação demonstra o excelso valor daquilo que Deus fez por nós. Seus atos poderosos viabilizam a transformação e a glorificação dos que creem. Aleluia!

PARA REFLETIR
A respeito de “A Iluminação Espiritual do Crente”, responda:

• Quais são as bênçãos espirituais recebidas que o autor destaca na lição?
A eleição, a predestinação, a filiação e o dom do Espírito Santo (1.3-14).

• Segundo a lição, qual o motivo da oração de Paulo pelos salvos?
O apóstolo orou para que os salvos pudessem entender a “sobre-excelente grandeza do poder de Deus” (1.19).

• Cite os três exemplos irrefutáveis que Paulo apresenta acerca da “força do poder” de Deus.
Paulo apresenta três exemplos irrefutáveis da força desse poder: (1) A ressurreição de Cristo; (2) sua ascensão à direita de Deus nos céus (1.20); e (3) sua elevação acima de todo o domínio (1.21,22).

• Segundo a lição, como o Novo Testamento descreve a ressurreição de Cristo?
O Novo Testamento descreve a ressurreição de Cristo como obra do poder de Deus Pai (At 2.24; 3.26; 17.31).

• Qual o duplo benefício que o triunfo de Cristo traz a Igreja?

O resultado desse triunfo traz duplo benefício para a Igreja: primeiro, que Deus fez Cristo o cabeça da Igreja (1.22); e, segundo, que Deus designou a Igreja para ser a expressão plena de Cristo (1.23).


Lições do 2º trimestre de 2020 – Douglas Baptista Por: Douglas Baptista
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Douglas Baptista

Douglas Baptista

Douglas Baptista, líder da Assembleia de Deus de Missão do Distrito Federal, doutor em Teologia Sistemática, mestre em Teologia do Novo Testamento, pós-graduado em Docência do Ensino Superior e Bibliologia, e licenciado em Educação Religiosa e Filosofia; presidente da Sociedade Brasileira de Teologia Cristã Evangélica, do Conselho de Educação e Cultura da CGADB e da Ordem dos Capelães Evangélicos do Brasil; e segundo-vice-presidente da Convenção dos Ministros Evangélicos das ADs de Brasília e Goiás, além de diretor geral do Instituto Brasileiro de Teologia e Ciências Humanas.