Lição 2 - A atuação do Espírito Santo no Plano da Redenção (1 Tri. 2021)
(Foto: Maique Borges) — Foto: Cooperadores do Evangelho

TEXTO ÁUREO

“Assim, pois, as igrejas em toda a Judeia, e Galileia, e Samaria tinham paz e eram edificadas; e se multiplicavam, andando no temor do Senhor e na consolação do Espírito Santo” (At 9.31).

 

VERDADE PRÁTICA

A atuação do Espírito é contínua e dinâmica na igreja, na vida dos crentes e os conduz desde a conversão até ao final da jornada cristã.

 

LEITURA DIÁRIA

Segunda — Nm 11.17

O Espírito Santo exerce também a função de juiz

Terça — 1Sm 16.14

O Espírito Santo reprova a desobediência

Quarta — 1Co 6.11

O processo da salvação é realizado em nome de Jesus e pelo Espírito Santo

Quinta — Ef 1.13,14

O penhor do Espírito é a garantia da nossa herança

Sexta — Fp 3.3

A verdadeira adoração cristã é no Espírito Santo

Sábado — Tt 3.5

Fomos transformados pelo poder do Espírito de Deus

 

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE

João 16.7-13.

7 — Todavia, digo-vos a verdade: que vos convém que eu vá, porque, se eu não for, o Consolador não virá a vós; mas, se eu for, enviar-vo-lo-ei.

8 — E, quando ele vier, convencerá o mundo do pecado, e da justiça, e do juízo:

9 — do pecado, porque não creem em mim;

10 — da justiça, porque vou para meu Pai, e não me vereis mais;

11 — e do juízo, porque já o príncipe deste mundo está julgado.

12 — Ainda tenho muito que vos dizer, mas vós não o podeis suportar agora.

13 — Mas, quando vier aquele Espírito da verdade, ele vos guiará em toda a verdade, porque não falará de si mesmo, mas dirá tudo o que tiver ouvido e vos anunciará o que há de vir.

 

HINOS SUGERIDOS

360, 447 e 470 da Harpa Cristã.

 

OBJETIVO GERAL

Ensinar que o Espírito Santo atua no plano de redenção.

 

OBJETIVOS ESPECÍFICOS

Abaixo os objetivos específicos referem-se ao que o professor deve atingir em cada tópico. Por exemplo, o objetivo I refere-se ao tópico I com seus respectivos subtópicos.

I. Desenvolver o ensino sobre o Espírito Santo como promessa nas Escrituras;

II. Destacar o Espírito Santo como “Consolador” e “Ensinador”;

III. Asseverar que o Espírito Santo tanto reprova como convence o mundo.

 

INTERAGINDO COM O PROFESSOR

Na aula desta semana, estaremos diante de um assunto glorioso: a atuação do Espírito Santo no plano divino de redenção. A cada época da história, a Igreja é tentada a deixar a dependência do Espírito Santo para experimentar métodos secularizados que não glorificam a Deus. Esse fenômeno ocorreu no período antigo, no médio, no moderno e ocorre no contemporâneo.

Um dos objetivos da Escola Dominical, dentre muitos outros, é conscientizar os alunos de que não se pode substituir a mais antiga e atual forma de convencer o homem sem Deus de seu real estado: a dependência na ação do Espírito Santo para agir no coração do pecador. Além de Ele atuar para convencê-lo, o Espírito capacita o emissor da mensagem, dando-lhe poder e manifestando sinais sobrenaturais para confirmá-la. É maravilhoso viver na dependência do Santo Espírito!

 

ESBOÇO

INTRODUÇÃO

Aprendemos na lição passada quem é o Espírito Santo e agora vamos estudar sobre a ação dele no processo da salvação da humanidade e na edificação dos crentes. Jesus disse que não nos deixaria órfãos quando se referiu ao Consolador que está nos crentes. Vivemos essa experiência do Espírito no dia a dia.

 

PONTO CENTRAL

O Espírito Santo atua de maneira contínua e dinâmica para a salvação.

 

I. O ESPÍRITO SANTO COMO PROMESSA

A salvação da humanidade foi um projeto do Deus Trino e Uno, planejado antes da fundação do mundo. Cada Pessoa da Trindade exerce função específica no plano da salvação, e o Espírito é parte dessa história salvífica juntamente com o Pai e o Filho.

 

1. A promessa messiânica.

2. Na antiga aliança.

3. A promessa do Consolador.  

 

SÍNTESE DO TÓPICO (I)

A participação do Espírito Santo como promessa é vista na promessa messiânica, na Antiga Aliança e na pessoa Jesus Cristo.

 

SUBSÍDIO DIDÁTICO—PEDAGÓGICO

Uma das mais belas definições acerca da palavra “promessa” é “esperança que se fundamenta em algo concreto e aparente” (Caudas Aulete Online). A promessa do Espírito Santo foi concretizada nas Escrituras e ao longo da história da Igreja. Ainda hoje, milhares de pessoas experimentam dia após dia a doce presença do Santo Espírito.

Há razões de sobra para que o crente deposite a sua inteira confiança na promessa do Espírito Santo. Por isso, ao final da exposição deste tópico, auxiliado pelas informações acima, ou nas que o Espírito Santo lhe impulsionar, faça uma aplicação no sentido de que seus alunos se conscientizem de que a promessa do Espírito Santo ainda é real e está disponível a quem crer e buscá-la. Talvez haja alguém na sua classe que ainda não experimentou o batismo no Espírito Santo. Quem sabe não chegou a hora de Jesus batizar? Você é o instrumento disponível para conscientizar seu aluno, e aluna, acerca dessa preciosa promessa.

 

II. O ESPÍRITO SANTO CONSOLA E ENSINA

O Consolador é enviado pelo Pai em nome de Jesus para ensinar os discípulos e fazê-los lembrar de tudo o que o Filho ensinou e para testificar dEle.

 

1. O Consolador (v.7).

2. O Ensinador.

3. O Ajudador.

 

SÍNTESE DO TÓPICO (II)

O Espírito Santo atua como Consolador, Ensinador e Ajudador do crente.

 

SUBSÍDIO TEOLÓGICO

“Uma das verdades ensinadas pelo Espírito Santo é que não podemos recitar uma fórmula mágica do tipo: ‘Amarro Satanás; amarro minha mente; amarro minha carne. Agora, Espírito Santo, creio que os pensamentos e as palavras que se seguem vêm todos de ti!’. Não nos é lícito usar encantamento para submeter Deus à nossa vontade. João admoesta a Igreja: ‘Provai se os espíritos são de Deus’ (1Jo 4.1). Significa que devemos permitir ao Espírito Santo da Verdade orientar-nos na tarefa de interpretar a Palavra de Deus e a testar, pelas Escrituras, os nossos pensamentos e os de outras pessoas.

Há perigos genuínos neste assunto. Certo autor reivindicou, na capa do seu livro: ‘Predições cem por cento corretas das coisas do porvir’. A tarefa do leitor, com a ajuda do Espírito Santo, é seguir o exemplo dos bereanos, que o próprio Espírito recomenda através das palavras de Lucas. Eles persistiam ‘examinando cada dia nas Escrituras se estas coisas eram assim’ (At 17.11). Cada crente deve ler, testar e compreender a Palavra de Deus e os ensinos a respeito dela. O crente pode fazer assim confiadamente, na certeza de que o Espírito Santo, que habita em cada um de nós, irá levar-nos a toda verdade” (HORTON, Stanley (Ed.). Teologia Sistemática: Uma Perspectiva Pentecostal. 10ª Edição. Rio de Janeiro: CPAD, 2006, pp.398,399).

 

III. O ESPÍRITO SANTO REPROVA E CONVENCE O MUNDO

Uma vez realizada a obra da redenção, o Espírito veio para convencer o mundo do pecado, da justiça e do juízo. A salvação está à disposição de todos, mas há a necessidade de alguém persuadir a humanidade. Esse alguém é o Espírito Santo.

1. O Espírito Santo convence o mundo do pecado (v.9).

2. O Espírito Santo convence o mundo da justiça (v.10).

3. O Espírito Santo convence o mundo do Juízo (v.11).

 

SÍNTESE DO TÓPICO (III)

O Espírito Santo convence o mundo do pecado, da justiça e do juízo.

 

SUBSÍDIO TEOLÓGICO

“Paulo nos revela que, se confessarmos com a nossa boca que Jesus é Senhor e realmente crermos que Deus o ressuscitou dentre os mortos, seremos salvos. Porque, quando cremos no coração, somos justificados. E, quando confessamos que Deus ressuscitou Jesus dentre os mortos, somos salvos (Rm 10.9,10). Paulo nos garante que ninguém pode dizer: ‘Jesus é Senhor’, a não ser pelo Espírito Santo (1Co 12.3). Paulo não está afirmando ser impossível aos hipócritas ou falsos mestres falarem, da boca para fora, as palavras ‘Jesus é Senhor’. Mas dizer que Jesus é verdadeiramente Senhor (que envolve o compromisso de segui-lo e de cumprir sua vontade, ao invés de os nossos próprios planos e desejos) exige a presença do Espírito Santo dentro de nós e o coração e espírito novos, conforme conclama Ezequiel 18.31. Nosso próprio ser confessa que Jesus é Senhor à medida que o Espírito Santo começa a transformar-nos segundo a imagem de Deus” (HORTON, Stanley (Ed.). Teologia Sistemática: Uma Perspectiva Pentecostal. 10ª Edição. Rio de Janeiro: CPAD, 2006, p.396).

 

CONCLUSÃO

Diante do exposto ficamos sabendo que o sentido de Consolador aplicado ao Espírito é inerente à sua natureza e obra. O Espírito Santo atua na igreja para guiar o povo de Deus de forma coletiva como as ovelhas individualmente e age também no mundo no processo da salvação.

 

PARA REFLETIR

A respeito de “A Atuação do Espírito Santo no Plano da Redenção”, responda:

Por que Jesus precisava voltar ao Pai?

Jesus precisava voltar ao Pai para possibilitar a vinda do Consolador.

Qual é a ideia de parákletos?

A ideia de parákletos é de alguém chamado para estar ao lado para ajudar.

Quem imprime em nós o caráter de Cristo?

O Espírito Santo.

De que pecado e justiça o Espírito convence o mundo?

O pecado da incredulidade (Jo 16.9) e a justiça impecável de Jesus (Jo 8.46).

A que se refere o juízo sobre o qual o Espírito convence o mundo?

Esse “juízo” é uma referência ao julgamento de nossos pecados na cruz do Calvário e ao mesmo tempo ao julgamento de Satanás, que já foi vencido por Jesus da sua morte e ressurreição.

 

 SUBSÍDIOS ENSINADOR CRISTÃO

A ATUAÇÃO DO ESPÍRITO SANTO NO PLANO DA REDENÇÃO

A lição desta semana mostra o papel glorioso do Espírito Santo no plano de salvação É um papel ativo, em que o Santo Espírito atua como Aquele que convence o mundo, ensina o crente e consola o discípulo de Cristo. O Espírito Santo atua como o “paracleto”, o que defende, protege e mentoria a nossa vida. Ele está ao lado do seguidor de Jesus.

A presente lição tem o propósito de conscientizar o crente desse papel ativo do Espírito Santo. Essa atuação é uma promessa alicerçada nas Escrituras e que teve, no dia de Pentecostes, a realização plena dessa promessa. Nesse sentido, vale a pena fazer uma correlação da passagem de Joel 2.28,29 com Atos 2 para pontuar a promessa do Antigo Testamento e seu cumprimento no Novo Testamento. Isso deixa claro que o Espírito Santo é uma pessoa que atua na realidade de nossa vida, pois vemos tal realidade na promessa anunciada no Antigo Testamento, cumprida no Novo Testamento e confirmada no tempo presente de nossas vidas. Assim, estimule os alunos a buscarem uma experiência com o Espírito Santo, pois não se trata de uma teoria: Ele é real, é vivo.

Outro ponto interessante a destacar é que a vida no Espírito não quer dizer uma “vida mágica”. Na sua revista de professor, você poderá notar no subsídio teológico do segundo tópico um ensinamento bíblico muito claro: “Não nos é lícito usar encantamento para submeter Deus à nossa vontade”. A Bíblia ensina a “provar” se os “espíritos” são de Deus. O mundo espiritual é real, mas também há pessoas que usam esse mundo para manifestar a emoção humana ou, infelizmente, uma ação demoníaca. É preciso abrir 1João 4.1 e, com clareza, ensinar com autoridade: “Amados, não creiais em todo espírito, mas provai se os espíritos são de Deus, porque já muitos falsos profetas se têm levantado no mundo”. Ora, se o Espírito Santo ensina e ajuda o crente, Deus espera que seus filhos tenham discernimento espiritual em tudo.

Além de o Espírito Santo ser uma promessa cumprida, um ensinador e ajudador, que nos faz discernir todas as coisas, Ele também glorifica a Cristo em nossas vidas. Só é possível glorificar a Jesus se estivermos no Espírito: “Portanto, vos quero fazer compreender que ninguém fala pelo Espírito de Deus diz: Jesus é anátema! E ninguém pode dizer que Jesus é o Senhor, senão pelo Espírito Santo” (1Co 12.3). Portanto, que fique claro nesta aula que não há vida cristã possível fora do Espírito Santo. O lugar do Espírito Santo em nossas vidas não é secundário, mas primário, principal.

Por: Esequias Soares
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Esequias Soares

Esequias Soares

Esequias Soares é pastor da Assembleia de Deus em Jundiaí, SP. Graduado em Letras, com habilitação em Hebraico, pela Universidade de São Paulo, e Mestre em Ciências da Religião pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, São Paulo, é professor de Hebraico, Grego e Apologia Cristã. Além disso, é comentarista de Lições Bíblicas da Escola Dominical, autor de diversos livros e presidente da Comissão de Apologética Cristã da CGADB (Convenção Geral das Assembleias de Deus no Brasil).