Lição 12 - A coragem do apóstolo Paulo diante da morte (4 Tri. 2021)
(Foto: Maique Borges) — Foto: Cooperadores do Evangelho



TEXTO ÁUREO “E assim nós, que vivemos, estamos sempre entregues à morte por amor de Jesus, para que a vida de Jesus se manifeste também em nossa carne mortal.” (2Co 4.11).
VERDADE PRÁTICA O Espírito Santo nos prepara para sofrer por Jesus Cristo e suportar as angústias e aflições na obra de Deus.


LEITURA DIÁRIA

Segunda — At 9.15
É preciso padecer pelo nome de Jesus

Terça — At 20.24
Não devemos tomar nossa vida por preciosa

Quarta — At 21.13,14
Não se pode impedir a vontade de Deus

Quinta — At 20.17-38
O encorajamento de Paulo aos anciãos

Sexta — At 21.27,28
Acusações contra o apóstolo Paulo

Sábado — 2Co 4.17
Uma leve e momentânea tribulação

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
Gênesis 2.1-8.

Atos 21.7-15
7 — E nós, concluída a navegação de Tiro, viemos a Ptolemaida; e, havendo saudado os irmãos, ficamos com eles um dia.
8 — No dia seguinte, partindo dali Paulo e nós que com ele estávamos, chegamos a Cesareia; e, entrando em casa de Filipe, o evangelista, que um dos sete, ficamos com ele.
9 — Tinha este quatro filhas donzelas, que profetizavam.
10 — E, demorando-nos ali por muitos dias, chegou da Judeia um profeta, por nome Ágabo;
11 — e, vindo ter conosco, tomou a cinta de Paulo e, lingando-se os seus próprios pés e mãos, disse: Isto diz o Espírito Santo: Assim ligarão os judeus, em Jerusalém, o varão de quem é esta cinta e o entregarão nas mãos dos gentios.
12 — E, ouvindo nós isto, rogamos-lhe, tanto nós como os que eram daquele lugar, que não subisse a Jerusalém.
13 — Mas Paulo respondeu: Que fazeis vós, chorando e magoando-me o coração? Porque eu estou pronto não só a ser ligado, mas ainda a morrer em Jerusalém pelo nome do Senhor Jesus.
14 — E, como não podíamos convencê-lo, nos aquietamos, dizendo: Faça-se a vontade do Senhor!
15 — Depois daqueles dias, havendo feito os nossos preparativos, subimos a Jerusalém.

HINOS SUGERIDOS
234, 294 e 382 da Harpa Cristã.

OBJETIVO GERAL
Conscientizar a respeito da coragem diante da morte.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS
Abaixo, os objetivos específicos referem-se ao que o professor deve atingir em cada tópico. Por exemplo, o objetivo I refere-se ao tópico I com os seus respectivos subtópicos.

I. Mostrar a consciência de Paulo quanto a padecer por Jesus;
II. Apontar a coragem para enfrentar as ameaças de morte;
III. Destacar as acusações e prisão de Paulo no Templo.

INTERAGINDO COM O PROFESSOR
O nosso tempo é marcado pelo imediatismo. Poucos de nós se preparam a morte. Aliás, só de ouvir a palavra “morte”, muda o humor, a tristeza domina o ambiente. A vida e o ministério de Paulo mostram que a coragem diante da morte não é escapismo, mas resultado concreto da dimensão profunda da fé que domina a vida do cristão. Essa dimensão salvífica mudou o olhar do apóstolo para o que faz sentido na vida concreta. Dessa forma, ter de escolher entre estar com Cristo e permanecer na Terra, o apóstolo não tinha dúvida: escolheria estar com Cristo. Para Paulo, permanecer neste mundo só se justificaria se fosse para desgastar-se pela causa do Evangelho.

COMENTÁRIO
INTRODUÇÃO
Nosso Senhor deseja que tenhamos consciência a respeito do nosso chamado no Reino de Deus. Muitas vezes, esse chamado requer padecimento. Se estamos na direção do Espírito, isso deve nos dar coragem para fazer a sua vontade, mesmo que essa atitude coloque em risco a nossa vida. É sobre essa coragem para fazer a vontade de Deus que estudaremos nesta lição.

PONTO CENTRAL

Tenha coragem diante da morte.
I. A CONSCIÊNCIA DE PAULO QUANTO A PADECER POR JESUS

1. A insistência de Paulo em ir a Jerusalém.
2. De Mileto para Tiro.
3. Passando por Cesareia.

SÍNTESE DO TÓPICO (I)
O apóstolo Paulo tinha plena consciência acerca da inevitabilidade de padecer por Cristo.

SUBSÍDIO PEDAGÓGICO
Inicie a aula desta semana com a seguinte pergunta: Você tem medo da morte? Deixe os alunos refletirem e responderem. Em seguida, procure relacionar na lousa, os motivos que os alunos alegam mais temer a morte. Geralmente, há motivos de caráter familiar, profissional, planejamentos futuros. À luz das respostas dos alunos, exponha este primeiro tópico, destacando a consciência que o apóstolo Paulo tinha a respeito da inevitabilidade de seu padecimento por Cristo. Ele sabia do perigo que corria, mas algo muito maior imperava em sua consciência e não o permitia retroceder no propósito de pregar o Evangelho.

II. A CORAGEM PARA ENFRENTAR AS AMEAÇAS DE MORTE
1. A coragem do apóstolo pela voz do Espírito.
2. A chegada em Jerusalém.
3. Paulo se depara com seus oponentes judeus.

SÍNTESE DO TÓPICO (II)
A coragem do apóstolo Paulo para enfrentar a morte tinha como fonte o Espírito Santo.

Comentário Bíblico Pentecostal Novo Testamento

SUBSÍDIO TEOLÓGICO


“[…] Para o crente cujos pecados foram perdoados, a morte já não tem nenhum aguilhão. A morte é ganho, não perda (Fp 1.21,23). Além disso, o pecado e a lei estão intimamente associados, pois ‘pela lei vem o conhecimento do pecado’ (Rm 3.20; cf. 7.7-11). Mas Cristo nos redimiu da maldição da lei (Gl 3.13). A morte, juntamente com os inimigos que trouxeram a morte a todos (o pecado e a lei), foram vencidos pela ressurreição (Fee, 805). Em louvor, Paulo exclama: ‘Mas graças a Deus, que nos dá a vitória [sobre a morte] por nosso Senhor Jesus Cristo’ (v.57). Deus ‘dá’, não ‘dará’, a vitória. Os crentes participam na vitória de Cristo mesmo durante sua existência terrena, já que a morte perdeu seu poder aterrorizador. A morte, embora continue sendo um inimigo, está ‘incapacitada’, porque Cristo a venceu (Bruce, 156-57)”

(Comentário Bíblico Pentecostal Novo Testamento: Romanos — Apocalipse. Volume 2. Rio de Janeiro: CPAD, 2012, p.252).


III. ACUSAÇÕES E A PRISÃO DE PAULO NO TEMPLO

1. As acusações mentirosas contra Paulo.
2. A prisão do apóstolo e o enfrentamento contra seus algozes.
3. Paulo dialoga com Lísias (At 21.37-40).

SÍNTESE DO TÓPICO (III)
As acusações mentirosas contra Paulo implicaram sua prisão.

Comentário Bíblico Pentecostal Novo Testamento

SUBSÍDIO TEOLÓGICO


Paulo sofreu acusações de todos os tipos, mas sua consciência não o acusava. “A consciência é a percepção interior que testifica junto à nossa personalidade no tocante ao certo ou errado das nossas ações. Uma boa consciência diante de Deus dá o veredito de que não temos ofendido nem a Ele, nem à sua vontade. A declaração de Paulo (provavelmente com referência à sua vida pública diante dos homens) é sincera; note Fp 3.6, onde ele declara: ‘segundo a justiça que há na lei, irrepreensível’. Antes da sua conversão, ele chegou a crer que praticava a vontade de Deus ao perseguir os crentes (26.9). A dedicação de Paulo a Deus, sua total resolução em agradá-lo e sua vida ‘irrepreensível’ até mesmo antes de sua conversão a Cristo, deixam envergonhados e julgados os crentes professos que se desculpam de sua infidelidade a Cristo, alegando que todos pecam e que é impossível viver diante de Deus com uma boa consciência”

(Bíblia de Estudo Pentecostal. Rio de Janeiro: CPAD, 2002, p.1682).


CONCLUSÃO
A atitude de sofrer pelo nome de Jesus tem sido abandonada nos tempos modernos. A visão que Paulo tinha da missão evangelizadora o fazia enfrentar toda e qualquer oposição e sofrimento. O apóstolo podia dizer: “Por que a nossa leve e momentânea tribulação produz para nós um peso eterno de glória mui excelente” (2Co 4.17).

PARA REFLETIR
A respeito de “A Coragem do Apóstolo Paulo diante da Morte” responda:

O que Paulo discerniu pelo Espírito Santo?
Por meio do Espírito Santo, Paulo discerniu a vontade de Deus para enfrentar prisões e açoites pelo nome de Jesus.

O que havia na despedida de Paulo em Mileto?
Nesse lugar havia bálsamo misturado à tristeza da despedida.

A quem Paulo procurou ouvir após a mensagem profética de risco de morte que enfrentaria em Jerusalém?
Paulo procurou ouvir a voz do Espírito ao seu coração.

Com quem Paulo se encontrou ao chegar em Jerusalém?
Paulo foi para Jerusalém acompanhado por alguns discípulos de Cesareia (At 21.16).

Quais eram as acusações contra o apóstolo Paulo?
As acusações contra o apóstolo Paulo eram as seguintes: que os judeus entre os gentios deviam se apartar da lei de Moisés; eles não deveriam circuncidar os filhos; nem andar segundo a lei de Moisés (At 21.21).

Revista Ensinador Cristão

SUBSÍDIOS ENSINADOR CRISTÃO



A CORAGEM DO APÓSTOLO PAULO DIANTE DA MORTE

Ter coragem diante da morte. A Bíblia também nos ensina a respeito de como o crente deve lidar com a morte. Por isso, a lição desta semana é uma oportunidade de conscientizar a classe sobre ter coragem diante da morte a partir da vida no Espírito e da esperança cristã. Quando a nossa consciência tem uma imagem vivida da bendita esperança, somos motivados a perseverar diante do sofrimento, conforme as palavras do salmista: “Ainda que eu andasse pelo vale da sombra da morte, não temeria mal algum, porque tu estás comigo; a tua vara e o teu cajado me consolam” (Sl 23.4).

Resumo da lição

Para conscientizar a classe acerca desse importante ensinamento, o primeiro tópico mostra a consciência de Paulo quanto a padecer por Cristo. A narrativa bíblica de Atos 21 apresenta a reação do apóstolo diante de uma profecia que afirmava que ele seria entregue nas mãos dos gentios (At 21.11). A resposta de Paulo revela a sua consciência profunda a respeito da esperança cristã: “[…] Estou pronto não só a ser ligado, mas ainda a morrer em Jerusalém pelo nome do Senhor Jesus” (At 21.13). O Espírito Santo enchia o apóstolo da esperança em Cristo para que ele fizesse o caminho voluntário do martírio.

O tópico segundo aponta essa coragem apostólica para enfrentar as ameaças de morte. Ele revela que o Espírito Santo era a fonte de sua coragem para morrer pela causa do Evangelho. Como estudamos em lições anteriores, o Espírito Santo impulsionava o ministério apostólico de Paulo. Ele enchia o apóstolo e falava-lhe ao coração para fazer a vontade divina, mesmo que isso significasse correr riscos fatais pela causa do Evangelho.

O terceiro tópico destaca as acusações e prisões de Paulo no Templo. Essas acusações mentirosas implicaram a prisão do apóstolo. Entretanto, mesmo preso, o apóstolo foi muito produtivo na causa do Evangelho. Muitas de suas cartas foram escritas na prisão. O ministério de Paulo mostra-nos uma das verdades mais consoladora e encorajadora da fé cristã: quem vive na liberdade do Espírito, ainda que esteja fisicamente preso, continua experimentando a verdadeira liberdade em Cristo.

Aplicação

O Espírito Santo por meio da bendita esperança cristã nos encoraja e nos enche de confiança quanto ao padecimento por amor à causa de Cristo. O Espírito faz isso por nós e em nós. Vivamos no Espírito! Tenhamos esperança!